Sunday, October 09, 2016

 

História da Vida

A pensar em todos aqueles para quem este tempo é sinónimo de leitura e cinefilia, em tardes dolentes ou serões crepitantes em torno de uma lareira, não sem alguma nostalgia e saudosismo pontuado por olhares vagos e sorrisos sonhadores, próprios de quem viaja com uma bela história...
(...)
"Antes do Amanhecer", aqui estou, sentada n'"Um Eléctrico Chamado Desejo", e penso em ti...como "O Amor não tira Férias", queria ser capaz de te pedir: "Vai onde te leva o Coração", na ténue esperança que ele te reconduzisse a mim...mas os nossos "Corações de Aço" não permitem que "O Carteiro de Pablo Neruda, (toque) Sempre Duas Vezes" e jamais "revisitarão o Passado em...", nem reviverão "O Diário d(a nossa) Paixão", ainda que vivamos "Cem anos de Solidão"...Embora pudesse ser "Um Amor para Toda a Vida", são "As Palavras que Nunca te Direi" e esta minha "Insustentável Leveza do Ser" que não fazem de mim "Um Porto Seguro"...não há "Matemática (nem) Terapia do Amor" capazes de o fazer durar "Para Sempre". Não há "Sensibilidade e Bom Senso" que acalmem este "Monte dos Vendavais" e, porque nos permitimos tornar-nos "Pássaros Feridos", ficámos "A um Passo da Eternidade"...esta "Lenda de Paixão", que foi "Amor de Perdição", percorreu um intenso "Processo" que foi da "Divina Comédia" ao "Elogio da Loucura", soltou os nossos "Demónios" e nos fez "Miseráveis", por puro "Orgulho e Preconceito", culminando num longo e penoso "Inverno do Nosso Descontentamento"..."Antes do Pôr do Sol", já não há lugar para "As Vinhas da Ira", apenas um doce e saudoso "Passeio nas Nuvens" onde "Não há Longe nem Distância", onde tudo são "Ilusões", onde tudo é "Suplício de Uma Saudade"..."Talvez a Culpa (seja) das Estrelas", ou seja "Feitiço da Lua" ou das memórias dos "Sonhos de Uma Noite de Verão" e, enquanto aguardo "O Expresso da Meia-Noite", bem sei que "Tudo o Vento Levou", mas neste "Ensaio sobre a Cegueira", continuas "Alquimista" do meu bem-querer, esfumado n'"A Espuma dos (meus) Dias" e, nesta "Sinfonia do Adeus", ouso sussurar-te: "P.S. I Love You"! (Helena Silva)



 

Orgasmos à parte - Crónica de um ano mal Passado

Orgasmos à parte - Crónica de um ano mal Passado

1 de janeiro de 2015 às 20:14
Esta é a crónica sobre um ano de amores e desamores que vitimaram algumas Amigas, é baseado em situações reais.
Afinal o que querem as mulheres? - Um milagre!
Ao longo do ano que passou, para além da generalizada depressão colectiva, grande responsável por inúmeros dramas sociais e económicos que connosco coabitaram, directa ou indirectamente, para além dos dramas pessoais que assolaram a minha família e vários amigos, o que mais reteve a minha atenção e solicitou o meu conselho sempre muito pragmático, foram as questões emocionais e afectivas de Amigos e coachees.
Este assunto, por demais abordado e estudado, continua a ser fonte inesgotável de debate, de amenas conversas ou de lágrimas incontroláveis, consoante a fase seja de paixão e mudança ou desilusão e perda...mas é sempre uma parte fulcral e determinante na vida de várias Amigas. Sabem que vos digo amiúde "Façam uma pausa, não adianta querer colher no Inverno, deixem a tempestade passar, aprendam acima de tudo a estar bem por vós e convosco, tudo o que precisam já possuem..."
Sei que pouco existe de estimulante na falta de oportunidades, sei o quão frustrante é para os portugueses no activo trabalharem mais de metade do ano para sustentarem o insaciável aparelho do Estado que nos suga com impostos, imoralidades e ilegalidades, perpetuadas com um despudor atroz, bem sei que não parece nada glamoroso ser-se pelintra, sem verbas para viajar, cultura e lazer, sei ainda que os media são mediocremente torturantes e nada apresentam de interesse ou de entretenimento...mas nada disto significa que se morra de tédio e que a forma aparentemente mais fácil e económica de compensar o vazio sejam as relacções afectivas, onde as minhas queridas depositam o vosso mundo, ainda que elas vos surjam virtualmente...
Na generalidade subscrevo que o amor, a amizade, o carinho, a partilha e afins, são de uma riqueza incalculável, capazes de nos tornar seres excepcionais pelas transcendência, já que apelam ao que de melhor existe no ser humano, mas minhas queridas, do que observei, nada disto existiu naquilo a que a maioria chamou de afectivo nos vossos diversos relacionamentos...
Os Homens são mesmo de Marte e as Mulheres de Vénus, felizmente, em prol da diversidade e complementaridade. Como por signo sou Venusiana, uso esta crónica à laia de ensinamento, vulgo cházada, com o intuito de fornecer alguns esclarecimentos aos cavalheiros, insistirei em considerá-los cavalheiros ainda que não o sejam:
1 - sim, as Senhoras gostam de orgasmos, tanto ou mais que os senhores, mas não no abstracto. Para usufruírem desses orgasmos há que estimular o que de melhor existe nas mulheres e não me refiro a zonas erógenas, meus caros. Caso desconheçam existem aparelhos especializados eficazes para fazerem as vossas vezes, elas próprias sabem como consegui-lo sem ajuda, portanto, se vos querem será certamente por outro tipo de estimulação, não vos parece?
Senhores mal casados ou emparelhados, por favor parem de se lamentar das legítimas "esposas" (para começar não se refiram à vossa mulher como esposa, é mulher e não é por lhe chamarem esposa que a respeitam, apenas demonstra ignorância), parceiras, noivas ou namoradas com expressões decadentes do tipo "Ela não me dá cama há muito tempo", é inqualificável, não só porque estão a expor uma senhora a outra senhora, como isso vos passa um atestado de incompetência e de necessidade que nem as vossas amantes querem satisfazer.
Senhores de todos os tipos e idades, não se "pendurem" nas Mulheres, não abusem da sua paciência e instinto maternal, não as explorem física e financeiramente, não as procurem diminuir por nenhuma via porque são elas a fonte geradora da vida e, ultimamente, as provedoras de sustento, graças à sua versatilidade e adaptabilidade. Além de ser muito, muito feio, é triste e faz de vós uns aproveitadores, frouxos mesmos. Elas não são vossas mães, nem pretendem sê-lo, seguramente têm os seus próprios filhos ou pura e simplesmente não quiserem ser mães. Alguns de vós, homens feitos, vivem em casa dos vossos paizinhos e para desfrutarem ocasionalmente dos vossos orgasmos impõem a vossa presença na casa das vossas parceiras ou amantes, invadem-lhes a vida e o espaço, deixam-se ficar mesmo não sendo bem-vindos e ainda têm a ousadia de as culpabilizar com expressões do tipo "Está a ser tudo muito rápido e intenso, preciso de espaço para mim...", ou aqueles, que usando e abusando da hospitalidade das Senhoras, enquanto estas lhes lavam a roupinha e elaboram um petisco, refastelados no sofá trocam mensagens eróticas com outras pessoas, ou ainda uns outros que subrepticiamente usam a password do vosso operador para depois usarem nos seus lares, sem custos...meus caros, sois verdadeiras pérolazinhas da pequenez e desonestidade...
2 - sim, as Senhoras gostam da sua família e dos seus Amigos, eles sempre existiram e existirão, já a vossa presença, meus caros, será certamente efémera. Com que direito se permitem interferir, opinar, difamar ou fazer "trombas"? Quem pensam que são para tecer comentários sobre as Amigas, filhos e parentes, do tipo "tens uma Amiga com bigode", ou "a tua filha é chatinha, não podes deixá-la com ninguém, para estarmos à vontade? (note-se bem, a criança de 6 anos, a mais, na sua própria casa, que tem que levar com o anormal que a mãe equivocadamente deixou entrar), ou, assombro dos assombros "o parolo do teu pai é distraído, vamos gamar-lhe a máquina de café que ele não dá pela falta"...também é de uma cretinice atroz tentarem comparar os filhos das parceiras, diminuindo-os, com a sua própria prole, como se a humanidade carecesse de mais ADN cretino, e a cereja no topo do bolo, que no meu caso seria motivo para partir os dentinhos a quem se atrevesse, é ousarem repreender os filhos das parceiras, algo como "ó bacano, qual foi a parte que não percebeste?" acompanhado de um valente aperto no braço da criança...opá desamparem a loja e vão morrer longe!
3 - sim, as Senhoras gostam de demonstrações de cavalheirismo que vão do abrirem-lhes a porta para elas passarem até ao oferecerem o jantar. Não porque as Senhoras não tenham mãozinhas ou não ganhem para pagar as suas contas e programas mas porque se querem homens provedores, protectores e galanteadores, do mesmo modo que vocês querem sopeiras e mãezinhas num corpo de acompanhante de luxo - é estimulante! Ao invés, é muito feio ver as Senhoras a acartarem dez sacos de compras e vocês virem de mãos a abanar a enviar mensagens, é terrível convidarem uma senhora para jantar e dizerem "querida, tenho tantas saudades tuas, gosto tanto da tua companhia que me lembrei de te telefonar para me ofereceres o jantar", mas afinal quem é que quer a companhia de quem? Queres estar bem acompanhado e ela é que paga? Por amor da Santa! Ridículo mesmo são aqueles que se encolhem na hora de pedir a conta, seja porque não atam nem desatam, seja porque invariavelmente têm que fazer uma chamada ou um xixizinho...mas o óscar vai para um certo cavalheiro que depois de vários meses a comer e a beber à custa de uma certa Senhora, ele e alguns amigos, no dia em que ela convida uma Amiga ele se torce todo porque a amiga pode pedir um vinho caro, a amiga que lhe ofereceu também alguns jantares, dizendo: "eu não sou sovina mas pagar o jantar à tua amiga implica eu sair menos uma vez" e na hora de pagar, mais uma vez o senhor encolheu-se, não sem antes "cravar" um cigarrinho porque o seu ordenado chorudo é para guardar...não há cú que aguente tanta desfaçatez e falta de vergonha. Depois também há uma espécie que me causa urticária observar, os mentirosos compulsivos, escudados na sua incapacidade para lidarem com a realidade, criam verdadeiras alucinações que não fora, por vezes, a gravidade das situações, só dava para rir.
Ainda se perguntam porque não quero namorado, noivo ou marido? Ainda estranham o meu olhar de viés ou o meu silêncio quando vós, minhas amigas, me apresentam tesourinhos destes? Com a solidão convivo saudavelmente, com a mediocridade é que não e vós também não.
Orgasmos à parte, minhas queridas, reinventem-se e revejam as vossas prioridades, mudem tudo o que não vos faz sentir bem, abram mão do que não vos traz acrescento nem satisfaz enquanto gente, enquanto mulheres. Não estão sós, estamos juntas minhas guerreiras bravíssimas.
Helena Silva

 

“Fique em silêncio...”

“Fique em silêncio...”

"Fique em silêncio, cultive o seu próprio poder interior. Respeite a vida de tudo o que existe no mundo. Não force, manipule ou controle o próximo. Converta-se no seu próprio Mestre e deixe os demais serem o que têm a capacidade de ser."
Texto Taoista
Hoje estou como o tempo...de temporal! Mas fascinada pela inequívoca força da natureza à qual todos nos rendemos, na nossa insignificância. Aqui, na falésia, olho o mar e percebo que a quietude também existe no turbilhão de águas revoltas. Por um breve instante, ela existe. E penso no texto taoísta “Fique em silêncio...”
Rodeada de pessoas que falam, falam e falam só porque têm voz, sem nenhum objectivo além desse, falam deslumbradas com a vibração das suas palavras nas cordas vocais, mesmo que sem nexo...falam tanto e pensam tão pouco...falam tanto e escutam tão pouco...falam tanto e aprendem tão pouco...falam tanto e maravilham-se tão pouco...e na vida todos somos instantes...preciosos, únicos, como gotas de água no deserto ainda que numerosos como as gotas num oceano.
Fiquei em silêncio, procurando cultivar o meu próprio poder interior. Talvez não seja necessário isolar-me do mundo, apenas escutar. Escutar-me. Conhecer-me, antes de esperar que todos os outros me conheçam e saibam minúcias da minha vida que ninguém perguntou, que não importam a ninguém para além de mim.
Respeitar a vida de tudo o que existe no mundo. Sim. Há outros seres vivos no mundo, tão importantes quanto eu, ou tu. Todos merecem respeito e todos são importantes.
Não quero impressionar ninguém, não quero ser maestrina nem busco mestre, quero apenas a quietude do instante e o sentido da vida. Neste instante, o sentido da vida, sou eu, esboço humano recortado contra o céu cinzento, numa falésia olhando em silêncio o mar revolto, agitada pelo vento feroz, certa da minha insignificância na paisagem e no mundo, mas parte integrante dela...e tudo faz sentido!
Bom domingo!

Saturday, September 17, 2016

 

Os meus livros (na Wook)

                                                          Género
                                                Teatro Infanto-juvenil
https://www.wook.pt/livro/os-amigos-do-nicolau-helena-silva/10892775
SINOPSE

Neste volume, Helena Silva demonstra-nos como é possível fazer com mestria, plena de imaginação e magia, uma peça de teatro capaz de envolver múltiplas personagens, notadamente para encenação escolar, sem perder o necessário ritmo e unidade.




SINOPSE

Orgasmos à parte, minhas queridas, reinventem-se e revejam as vossas prioridades, mudem tudo o que não vos faz sentir bem, abram mão do que não vos traz acrescento nem satisfaz enquanto gente, enquanto mulheres. Não estão sós, estamos juntas minhas guerreiras bravíssimas.




 

Como o tempo passa...Time passes

6 anos.
6 anos volvidos sobre a minha última postagem...quanto caminho percorrido, quantas lágrimas e quantas alegrias. O que concretizei? Em que me superei? De que me orgulho? E o que não mudou? O que estagnou e não me permitiu ganhar mais asas? O que me detém sempre? O coração, claro!

Mudei de profissão, dediquei-me a tempo inteiro aos meus três filhos e trabalhei nos intervalos, separei-me, cuidei dos meus pais até os perder com doenças terríveis, sobrevivi eu mesma a uma doença ingrata, escrevi e publiquei livros, fiz teatro, dancei à chuva, mudei de casa três vezes, estudei, adquiri novos saberes, mudei de profissão várias vezes porque descobri que não é como ganho a vida que me define como pessoa, apaixonei-me por pessoas e lugares, engrandeci-me com experiências e vivências, fiz voluntariado, estendi a mão a pessoas e animais, acolhi, doei-me e doí-me, mas caminhei mais forte e mais leve.

Quase com 50 anos, vivo livre e feliz, rodeada por aquele pequeno núcleo de pessoas únicas e maravilhosas que são todo o meu mundo, mas de alma aberta a quem quer que venha por bem, já não corro atrás de cenouras, já não me descabelo com preocupações, já não revisito o passado nem temo o futuro, vivo intensamente cada momento como se fosse o último, um dia será mesmo. Não julgo mas também não me importo com a opinião dos outros, aprendi que ninguém pode caminhar o percurso do outro, que a nossa vida é uma corrida individual e que, ocasionalmente, partilhamos uma parte do caminho e isso é muito bom porque nos dá ânimo e torna a prova mais agradável.

Aprendi que vim a este mundo para ser e fazer os outros felizes mas que a tristeza faz parte, aprendi que nada é garantido ou dura para sempre, aprendi que o melhor da vida não pode ser comprado ou regateado e aprendi que temos dentro de nós todos os recursos que necessitamos para sermos felizes, os outros podem apenas dar-nos o prazer da sua companhia, aprendi que a forma como escolhemos manifestar-nos e as máscaras que usamos, em última análise, são escolha nossa mas temos que estar preparados para a rejeição dos outros e, sabem que mais?, não me afecta minimamente.

Não alimento medos nem vitimizações, uso a criatividade, a racionalidade e a emoção para tornar o mundo um lugar melhor.

Hoje a minha mochila carrega apenas e só o que e quem me faz bem e traz acrescento.



Saturday, August 28, 2010

 

Tanto tempo...

"Sê tu próprio a mudança que queres ver no Mundo".
(Mahatma Gandhi)

Olá Amigos!
É verdade, ainda estou viva...
Quando era miúda costumava ouvir uma lenga-lenga que dizia: " O tempo perguntou ao tempo quanto tempo o tempo tinha e o tempo respondeu ao tempo que tinha tanto tempo quanto o tempo tinha".
Parece desprovido de sentido, mas de facto, é apenas o que tenho: TEMPO! E a profunda consciência do seu valor e do seu peso...
Estive a revisitar o meu e os vossos blogs, alguns tão "parados" como o meu e, ao reler alguns artigos, tive a perfeita convicção de que tudo parece igual (o estado do país e do mundo, o desânimo e a revolta das pessoas), mas na realidade o tempo passou e no seu lento passar foi-nos vincando as almas e o seu peso foi-nos vencendo pelo cansaço...
Pergunto-me quanto tempo mais continuarei a ter a força para "ser cada dia a mudança que quero ver no Mundo".
Mas quando o tempo me pesa, a força me falta, a descrença me corrói, quando pago com língua de palmo o facto de me recusar a vender a alma ao diabo...há ainda uma voz gritante que me rasga o peito e me impele a não ceder, a não calar, a não colaborar, a nunca desistir e essa voz chama-se HONRA, que é irmã gémea da DIGNIDADE!
Por favor, ouçam a vossa voz e sejam a mudança que querem ver no Mundo: não desistam!
Não estão sós!
Abraço a todos e até sempre!

Sunday, June 03, 2007

 

PORTUGAL...nem dos pequeninos...

Vivo num país onde as crianças são maltratadas e perseguidas e aqueles que supostamente as tutelam são os seus maiores carrascos...
Vivo num país em que é preciso pagar-se um preço muito elevado para se poder trabalhar...para no fim se ser despedido...
Vivo num país em que o dinheiro dos meus impostos me é roubado para ser usado em indeminizações a corruptos, pedófilos, casas de "chuto", donativos a outros corruptos de outros países...
Vivo num país onde ser formador (pai, professor, educador, polícia...) é sinónimo de ser inimigo e é uma actividade de alto risco.
Vivo num país em que a lei apenas é utilizada para perseguir os dignos, os que defendem os seus princípios e convicções; já que ela é feita por e para ditadores sem escrúpulos.
Vivo num país de ignorantes, mentecaptos, clones, déspotas e totalitaristas, que só deixarão de se reproduzir e começarão a aniquilar-se, quando as políticas por si geradas, extinguirem a matéria-prima humana, que é obrigada a sustentá-los.
Vivo num país, que não é um país, assemelha-se mais a uma "Faixa de Gaza", onde estamos espartilhados entre o mar poluído da descrença e o deserto inóspito da vigarice.
Vivo num país em que acordar todos os dias é um pesadelo...
Mas é aqui que vivo e tenho vergonha de partir e dizer que sou portuguesa, pois olhar-me-ão com desconfiança...não há nada mais triste que ser visto como um exemplar dessa espécie oriunda da cauda da civilização, que é catalogada internacionalmente como aquele país de Terceiro Mundo que ficou encalhado na Europa e onde predominam as aves de rapina...
Tenho dito!

Thursday, February 15, 2007

 

ADEUS...ATÉ SEMPRE!

Amigos, venho despedir-me temporariamente de vós...
Um destes dias estarei de volta e visitar-vos-hei, sempre que puder!

De Richard Bach:
"Não te entristeças com as despedidas!
O Adeus é necessário antes de nos encontrarmos de novo.
E um reencontro após uns momentos ou após uma vida inteira é sempre certo para os que são amigos!"

Tuesday, January 23, 2007

 

SIM?!...NÃO?!...JÁ PARASTE PARA PENSAR?

Hoje, após duas simples horas de sono, fui acordada pelo toque do telefone e dei comigo a responder “Não, não me acordaste!”...
Porque é que temos o hábito de dar as respostas erradas?
Quantas vezes devemos dizer Sim e dizemos Não, quantas vezes fazemos o contrário e quantas vezes, pior ainda, abrimos a boca e “deixamos falar o espírito”, o que equivale a dizer que dizemos asneira, ou falamos demais, ou somos mesmo inconvenientes...

Desci e liguei a televisão, o que é raro em mim...e lá estava, um documentário sobre a vida do Príncipe Siderarta, o “BUDA”!
Tudo fez bastante sentido!...

O nosso maior problema é vivermos centrados em nós mesmos, pensando nos nossos umbigos e em como satisfazer ou suprir as nossas “necessidades”...há ainda alguns que vivem centrados no objectivo ganancioso e pernicioso de enriquecer, à custa da miséria alheia, chegando a causar o caos para dele retirar dividendos, que não levarão para o “além”, mas que alimentam os seus egos! Infelizmente é mesmo o Poder, o Dinheiro e o Sexo que movem o Mundo e condicionam todos os seus habitantes.
E será isso que queremos?...

Cheguei então à conclusão simples, que damos as respostas erradas porque, pura e simplesmente, deixamos de parar para pensar...alguns já se esqueceram de como se faz e limitam-se a agir ao sabor dos ventos... e acabam, inevitavelmente, por colher tempestades...

Não sendo Budista vou, no entanto, sugerir-vos a leitura do livro de Sua Santidade, o Dalai Lama, intitulado “O Poder da Paciência no Pensamento Budista”, da Editorial Presença. Acreditem que é muito interessante e pertinente.
Digam SIM ou NÃO, mas em consciência!

“Nascido do tremor ressentido ou do desejo insatisfeito, o descontentamento é o alimento que fortifica o ódio, e este me levará à perdição...assim destruirei o alimento deste inimigo (o nosso verdadeiro inimigo é o inimigo interno e o último inimigo é o ódio), cujo papel não é outro senão aniquilar-me...
...Tudo depende da firmeza ou da fraqueza do espírito...”
Por S.S. Dalai Lama, in “Guia do Modo de Vida do Bodhisattva”

Thursday, January 18, 2007

 

VIDA!

"Toda a crítica, seja positiva, seja negativa, é sempre uma autobiografia"
(Oscar Wilde)

De acordo com os dicionários, a Vida é o espaço de tempo que decorre desde o nascimento, até à morte dos seres; é o princípio da existência, da força, do entusiasmo, da actividade (das pessoas e coisas); é o fundamento, a essência, a causa, a origem...

De acordo com o senso comum é o bem mais precioso...

De acordo com os preceitos religiosos, é interdito retirar a vida...

Mas a realidade é outra, não é?
Todos os dias, desde que o Ser Humano passou a existir, milhares de vidas são desprezadas e ceifadas, mesmo em nome das religiões, destituídas de qualquer valor...
Cada ser é Único e Especial, insubstituível...mas poucos o sabem...
Há enfermos a quererem viver, gente saudável a querer morrer, inocentes brutalizados até à morte...

Só quando cada um de nós, em consciência, se respeitar e respeitar o seu próximo, sem preconceitos, sem oportunismos, partilhando o que tem e sabe para que outros possam ver e decidir com clareza...só aí teremos moral e maturidade para nos pronunciarmos sobre A VIDA!

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